“(...) pensamento que resulta da relação que se estabelece entre o
sujeito que conhece e o objeto a ser conhecido. (...) Se de início
o homem precisa de crenças e opiniões prontas (...) em outro (...)
é preciso que ele seja capaz de ‘reintroduzir o caos’, criticando
as verdades sedimentadas, (...) de modo a alcançar novas interpretações
da realidade” (ARANHA, MARTINS, 2004, p. 21)
Os textos de Aranha (2007), Cruz e Ribeiro (2004) abordam o tema “conhecimento”. Ambos corroboram a idéia de que o conhecimento pode ser classificado em conhecimento do senso comum (ou espontâneo) e conhecimento científico; enquanto Cruz e Ribeiro (2004) também apresentam os conhecimentos teológico e filosófico.
Segundo os autores/as, o conhecimento do senso comum possui as seguintes características: i) é superficial e ametódico, desprovido de uma sistematização; ii) é empírico, pois se constitui a partir da resolução de problemas do cotidiano, através de experiências do sujeito; iii) é ingênuo e acrítico, pois não é reflexivo ou propõe questionamentos; iv) é fragmentário, particular e subjetivo, por estar relacionado ao juízo de valor pessoal. Por tais características, esse conhecimento possui um componente ideológico, podendo servir como forma de manipulação ou imposição de idéias. Sendo assim, é importante transformá-lo em “bom senso”, assumindo um caráter crítico e coerente, para que não se torne presa do saber ilusório.
O conhecimento científico surgiu com os filósofos gregos, com a finalidade de encontrar respostas e/ou verdades sobre os fenômenos estudados. Entre suas características, as autoras enumeram que esse conhecimento: i) busca a generalidade, pelas relações estabelecidas com o objeto investigado; ii) é sistemático; iii) almeja a objetividade; e iv) utiliza o método científico, através da aplicação testes e verificação, com vistas a descobrir regularidades e fazer generalizações. A aplicação do conhecimento científico colabora para que ocorra desenvolvimento de tecnologias e melhoria da vida cotidiana, desde que seja desenvolvido no contexto de uma ética científica.
Referências Bibliográficas
ARANHA, M. L.; MARTINS, M. H. P. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 2007. p. 127-131.
CRUZ, C.; RIBEIRO, U. Metodologia Científica: teoria e prática. Rio de Janeiro: Axcel, 2004. p. 32 – 36.
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